A Rua da Ponte Nova rasgava-se desde a zona central da Rua da Bainharia (sensivelmente a meio do seu percurso), passando o Rio da Vila (na ponte que lhe dava o nome) e subindo pelo morro fronteiro á Sé, a caminho da Porta do Olival. A Rua da Ponte Nova seria grandemente prejudicada com a abertura da Rua Mouzinho da Silveira, que com os seus 19 metros de largura veio retirar coesão e unidade a esta artéria. Regista Sousa Reis que “Para communicar a rua do Bainharia, com a das Flores edificou se huma ponte de pedra, para atravessar o rio da Villa, d’ahi que vem o nome a esta rua.”

Na realidade, o nome desta rua teve origem na existência dessa Ponte, que assegurava a comunicação entre a Rua da Banharia (e portanto o velho burgo episcopal) e o lado oposto do Rio da Vila (com a Rua de Stª. Catarina das Flores e, prosseguindo no mesmo eixo da Rua da Ponte Nova, com a Rua de Ferraz,para se alcançar a Rua da Vitória).

RUA DA BAINHARIA: Na verdade, esta história é muito simples, mas deveras interessante. É engraçado ver como, realmente, as ruas contam partes da história da cidade e do povo e este exemplo é prova disso mesmo.

A Rua da Bainharia deve o seu nome ao facto de concentrar, na altura, uma grande quantidade de bainheiros. Estes profissionais eram artesãos que se dedicavam ao fabrico de bainhas para armas brancas, no caso, espadas.

Há um certo padrão no Porto, e com certeza se repetirá noutras cidades, na associação do nome das ruas às profissões que ali se concentravam. Disso são exemplos esta, a rua da Bainharia (à qual aconselhamos a visita) ou a Rua dos Caldeireiros, entre outras.

RUA DOS MERCADORES: Uma rua escura, estreita, chão de pedras, que vem lá da parte alta da cidade no morro da Sé, nomeadamente na Rua da Banharia até a Ribeira…

Era uma rua importantíssima naquela época (século XIV e XV). Fazia parte de um eixo vital da cidade, porque estava entre a zona ribeirinha, por onde chegavam as mercadorias no rio Douro e o burgo episcopal, na Sé.
Recebeu este nome, porque foi justamente nesta rua que se instalaram os mercadores e comerciantes, em casas muito bem construídas em pedras, de 3 ou 4 pisos chamadas de casas-torres.

Nos dias de hoje, é difícil imaginar que esta era a rua mais aristocrática da cidade, onde moravam os mais ricos homens de negócios…

No princípio do séc. XVI, o rei mandou abrir a Rua das Flores, que unia também a zona ribeirinha com a a região onde se encontra hoje a Estação de São Bento. Foi construída para ser uma rua elegante, com comércio nobre […]

Mas… eu, e tenho a certeza de que muitos turistas que por lá passam (e são mesmo muitos que andam por ali com mapas na mão), olhamos para tudo aquilo e começamos a fazer uma viagem no tempo.
É impossível não se impressionar com as marcas do tempo na Rua dos Mercadores.

Aqui, o edifício que foi o Hospital-Albergaria, recebeu por muitas vezes os peregrinos de Santiago de Compostela…

Índice do Vídeo

00:00 Intro Vídeo
00:04 Rua da Ponte Nova
00:46 Rua da Bainharia
01:22 Rua dos Mercadores
01:59 Créditos Finais

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